Há algumas semanas, eu lancei aqui no Futuro S/A a série "5 PERGUNTAS SOBRE O FUTURO".
A ideia da série é bater um papo rápido com EXECUTIVOS, LÍDERES e EXPERTS para falar sobre o Futuro do Trabalho, dos Negócios e das Organizações.
Profissionais do BRASIL e do EXTERIOR que estão trazendo reflexões e contribuições importantes para a transformação que precisamos fazer.
O meu papo hoje nesta série das "5 Perguntas para o Futuro" é com o André Felippa.
O André é Presidente para América Latina da Divisão de Beverages & Meals na Mondelez.
Falamos de um monte de coisas bacanas! Dá só uma olhada:
a) O que mudou no papel do líder nos últimos anos.
b) As habilidades que precisamos desenvolver nos próximos anos.
c) Como o avanço das novas tecnologias e dos novos comportamentos do consumidor estão transformando a forma da Mondelez atuar.
d) Como equilibrar as demandas de curto e longo prazo nas organizações nos próximos anos.
e) Como será o trabalho no futuro.
Confira abaixo o resultado desse bate-bola com o André Felippa!
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1) André, antes da Mondelez, você passou por grandes organizações como Samsumg, Alcatel Mobile e Unilever. O que mudou no papel e no perfil do líder nos últimos anos?
Até há poucos anos, para ser um bom líder bastava conhecer bastante sobre seu segmento e adquirir experiência prática em sua área de trabalho.
Hoje, espera-se mais do que nunca de um líder: além de ter todos skills e experiências que vão além de sua área específica de trabalho, um bom líder precisa ser um excelente gestor de pessoas, valorizando e delegando a uma diversidade cada vez maior de perfis pessoais e profissionais.
Precisa estar conectado às grandes mudanças que vem com a transformação digital, precisa ser ágil e decisivo, mas ao mesmo tempo ser também estratégico, inspirador e humilde (um servant leader).
E precisa, antes de tudo, ser sempre muito humano, respeitoso e transparente.
2) Com tantas transformações no mundo dos negócios, quais as 5 habilidades mais importantes que as pessoas deveriam desenvolver nos próximos anos?
São habilidades que sempre foram requeridas, mas que hoje são ainda mais necessárias no mundo ultra-dinamico dos negócios hoje:
capacidade de ouvir genuinamente;
transparencia e honestidade;
agilidade e flexibilidade;
abertura a experimentação,
riscos e potenciais fracassos;
humildade e desejo de aprender mais, todos os dias.
3) André, como o avanço das novas tecnologias e dos novos comportamentos do consumidor estão transformando a forma da Mondelez atuar?
A Mondelez, juntamente com suas agencias e parceiros de negócios, tem se conectado e aproximado cada vez mais da consumidora, através dos mais amplos canais digitais e offline, para conhecer suas necessidades e desejos de uma forma ainda mais profunda e ágil que antes.
O crescimento exponencial das plataformas digitais tem permitido às consumidoras o acesso imediato a uma gama tremenda de informações sobre as empresas, marcas, produtos e preços, e dá a elas total poder de decisão sobre suas compras, e uma voz ativa para influenciar outras consumidoras com suas opiniões.
Neste contexto, é imprescindível que a Mondelez seja cada vez mais conectada às consumidoras e cada vez mais ágil em suas respostas ao mercado.
4) A pressão por resultados no curto prazo só aumenta. Em paralelo, a Era Digital está demandando cada vez mais dos Executivos a capacidade de preparar a organização para os desafios do Futuro. Como equilibrar as demandas de curto e longo prazo nas organizações nos próximos anos?
O sucesso de curto prazo nos negócios só é sustentável se for embasado em um propósito diferenciado e uma visão inspiradora de longo prazo.
Para equilibrar as demandas do curto e longo prazo, é necessária a 'espinha dorsal' de um planejamento estratégico sólido, e ao mesmo tempo flexível para não 'engessar' decisões e mudanças que serão cada vez mais rápidas.
E no curto prazo, é necessária cada vez mais uma abertura à experimentação, prototipagem e agilidade no ajuste de rotas com base nos aprendizados diários.
5) André, na sua visão, como será o trabalho no futuro?
Na minha visão o trabalho no futuro será cada vez mais flexível, inclusivo e colaborativo.
Antevejo um mundo de profissionais que terão cada vez mais liberdade para trabalhar remotamente, somando-se a times de trabalho e a projetos ad-hoc que não apenas estejam alinhados ao seu expertise mas também aos seus princípios, valores e visão pessoal, sem necessariamente manterem um vínculo de longo prazo com uma determinada empresa ou corporação.
Nesse contexto, as hierarquias tradicionais serão significativamente reduzidas, e o foco será nas capabilidades e produtividade de cada indivíduo dentro dos seus times de trabalho auto-geridos.
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