O risco do RH se posicionar apenas como a área que "cuida das pessoas".
- André Souza
- há 20 horas
- 4 min de leitura
Atualizado: há 50 minutos

O RH sempre se orgulhou, com razão, de ser a área que “cuida das pessoas”.
Mas e se essa missão, quando assumida como o único propósito, estiver limitando o verdadeiro potencial transformador que o RH pode exercer nas empresas?
E se este for justamente o momento de ressignificar esse papel, sem deixar de cuidar e indo além - para gerar ainda mais valor, impacto e resultados?
Neste artigo, você vai entender:
→ como o posicionamento exclusivo de "cuidador oficial das pessoas" acabou se tornando uma armadilha para o RH;
→ por que isso enfraqueceu a atuação estratégica da área;
→ e o que precisa mudar para que o RH amplie sua influência e gere resultados mais relevantes.
Se você acredita que seu trabalho como RH pode ir além, este conteúdo é para você!

Ao longo dos últimos anos, o RH passou por uma verdadeira metamorfose.
Começou como Departamento Pessoal: uma área técnica, operacional e centrada em rotinas como folha de pagamento, controle de ponto, admissões e demissões.
Com o tempo, incorporou psicólogos e especialistas em comportamento humano, ganhando uma nova roupagem: a famosa área que “cuida das pessoas”.
A intenção era nobre: criar ambientes de trabalho mais saudáveis, mais conscientes, mais humanos.
A mudança era promissora. Afinal, quem não quer fazer parte de uma empresa mais empática, acolhedora e com propósito?
Mas essa transformação trouxe uma armadilha sutil.

O RH assumiu o discurso e a responsabilidade pelo desenvolvimento, do engajamento e do bem-estar das pessoas.
O problema é que em vez dos líderes cuidarem de suas equipes, muitas vezes o RH acabou fazendo esse papel no lugar dos líderes.
Com tanta pressão por resultados, os líderes se aproveitaram disso.
A dinâmica ficou mais ou menos assim:
Problemas de equipe? Manda pro RH.
Conflitos no time? Fala com o RH.
Falta de performance? O RH dá um jeito.
Crise emocional? O RH conversa.
E assim, além da carga operacional do doa a dia, o time de RH passou a acumular funções que não deveriam ser suas.
Mas como a área responsável por "cuidar das pessoas" poderia dizer “não” a pedidos de ajuda para cuidar das pessoas?

Ao longo do tempo, essa armadilha trouxe consequências que limitaram o impacto do RH e os resultados da organização:
1. RH ocupado, mas não estratégico.
Essa atuação individual de resolver conflitos interpessoais, conduzir conversas de feedback ou criar iniciativas motivacionais consome um tempo precioso.
Isso nos afastou de construir estratégias que transformassem a empresa em escala.
Não estou dizendo que cuidar das pessoas não é importante.
Cuidar das pessoas é essencial.
Mas essa missão no dia a dia é, sobretudo, da liderança.
São os gestores que convivem com os times diariamente.
São eles que estão no dia a dia das dinâmicas internas, os desafios e os conflitos.
Quando os líderes assumem esse protagonismo, eles fazem o papel que é esperado deles: desenvolver equipes engajadas e de alta performance.
2. Posicionamento enfraquecido.
Ao ser visto como suporte emocional ou apenas operacional, o RH perdeu assento em decisões estratégicas.
Ficou distante da alta liderança e das pautas que definem o futuro do negócio.
Falei aqui nesse texto sobre o que podemos aprender com as Havaianas sobre a importância desse posicionamento intencional da marca do RH.

3. Times de RH exaustos.
Divididos entre demandas administrativas e o papel de “cuidadores”, os profissionais de RH foram ficando sobrecarregados. Com isso, acabaram sem conseguir dedicar tempo para inovar e liderar mudanças mais estruturais.
4. Enfraquecimento da própria liderança.
A "ajuda" do RH acabou enfraquecendo a capacidade dos gestores de liderarem com confiança sobre temas de conflitos e relações humanos, perpetuando problemas de engajamento e performance.
Mas e agora?
Como o RH pode romper esse ciclo?

O RH que só cuida não transforma: é hora de mudar o jogo.
Ainda tem muita gente que espera que o RH seja uma espécie de "terapeuta corporativo".
Mas ser do RH não é sinônimo de ser psicólogo.
Apesar de haver muitos (e ótimos) psicólogos no RH, nossa área é hoje uma verdadeira mistura de perfis e de talentos.
São Administradores, Engenheiros, Estatísticos, Profissionais de Letras, Comunicação, Marketing... gente de todas as áreas.
Ser do RH não é mais sinônimo de ser psicólogo. Mas a marca do "RH que cuida das pessoas" é tão forte que esse estereótipo permaneceu.
O fato é que empresas têm metas, resultados, estratégias e desempenho.
E o RH tem a chance de ser muito mais do que o guardião do bem-estar.
O RH pode (e deve) ser um dos grandes motores de resultados da organização.

Um novo RH emerge: o RH de Alta Performance
Com as rápidas transformações no mundo dos negócios, surge a oportunidade ideal para o RH reinventar sua atuação.
Mais do que “cuidar das pessoas”, o novo RH eleva seu papel e entrega valor real: nasce o RH de Alta Performance.
Um RH que cria estratégias, produtos e ferramentas que:
✅ Impulsionam a cultura que a empresa precisa;
✅ Maximizam a performance do negócio;
✅ Preparam a organização para os desafios do futuro.
Esse é um RH que atua em escala, impacta do C-level à operação e fortalece a liderança.
Como diz Dave Ulrich:
“É um RH que não faz RH para o RH. É um RH que contribui para o sucesso do negócio no mercado.”
É a evolução do RH: mais estratégico, influente e alinhado aos resultados.

Mas como passar a fazer isso no dia a dia? O que esse RH faz de diferente?
Quais exemplos práticos diferenciam um RH Tradicional de um RH de Alta Performance?
No dia 06/05, às 9h, vou realizar uma Masterclass Virtual gratuita sobre "RH de Alta Performance".
Vamos explorar juntos as estratégias e práticas que podem levar seu RH para o próximo nível.
Vai ser um papo direto, interativo e cheio de insights para você aplicar tudo na prática.
👉 Clique aqui para garantir a sua vaga! :-)

Comments