Todo mundo fala da velocidade das mudanças. Mas mudanças não são iguais para todas as empresas e todos os mercados.
Uma forma de diferenciar esses cenários de mudança é analisar DOIS EIXOS. Veja:
EIXO 1 (INTERNO):
A habilidade dos equipes e líderes de uma empresa de aprender sobre o FUTURO, ouvir os sinais de mudança e tomar ações para transformar sua forma de atuar.
EIXO 2 (EXTERNO):
A velocidade, poder e impacto das mudanças no mercado em que a empresa atua (HOJE e no FUTURO).
Quando cruzamos esses 2 EIXOS identificamos 4 potenciais cenários que uma empresa pode enfrentar.
E essas mudanças mexem não só com a sua empresa. Mexem com a sua CARREIRA!
Leio o post completo no link abaixo e reflita:
1. Em qual quadrante está a sua empresa?
2. Qual o impacto que isso pode gerar para a sua carreira?
QUADRANTE 1: PERIGO À VISTA
Esse é o cenário onde a velocidade e impacto das mudanças que estão acontecendo em um mercado é baixo e, ao mesmo tempo, há pouco interesse das equipes e líderes em compreenderem os desafios do futuro.
Isso acontece com bastante frequência com mercados dominados por muitos anos por uma empresa. O ímpeto empreendedor e de visão de futuro dá lugar à complacência e à manutenção do status quo.
Nokia e Kodak são exemplos clássicos que se encaixam nesse quadrante.
A qualquer momento surge uma empresa ou uma startup que identifica uma oportunidade para transformar esse mercado.
Smartphones detonando os telefones celulares comuns.
Streaming e Locadoras Físicas de Vídeo.
Câmeras digitais e Kodak.
Carros Elétricos e Carros Tradicionais.
Qual empresa atual, na sua opinião, está correndo esse risco atualmente?
Qual se encontra nesse primeiro quadrante?
QUADRANTE 2: GRANDE PROBLEMA
Esse é o cenário onde a velocidade e impacto das mudanças que estão acontecendo em um mercado é ALTO. O mercado está em transformação.
Porém, há pouco interesse das equipes e líderes identificarem esses sinais de mudanças e em compreenderem os desafios do futuro.
Veja o caso da Microsoft antes de Satya Nadella assumir a empresa como CEO em 2014.
Até aquele momento, a Microsoft era considerada uma empresa de tecnologia que vivia do seu passado.
Suas receitas e lucros eram basicamente sustentados pelo produto que turbinou o crescimento da empresa desde o início da era dos computadores pessoais: o Windows.
Em paralelo, estavam surgindo novos mercados e tecnologias como o Cloud Computing e o Mobile Computing.
A indústria de tecnologia e o mercado da Microsoft estavam em transformação. Mas o modus operandi da empresa ainda era focado apenas no modelo vencedor da década de 80 e 90.
Ou seja: apesar da Microsoft gerar resultados no presente, a empresa tinha um grande problema de competitividade pela frente caso não mudasse a forma de atuar de suas equipes e líderes.
Comento mais detalhes sobre essa história nesse post.
QUADRANTE 3: VISÃO DE FUTURO EM SEGMENTO DE POUCAS MUDANÇAS
Esse é o cenário onde há GRANDE interesse das equipes e líderes mapearem os sinais de mudanças e compreenderem os desafios do futuro. Porém, a empresa está atuando em um mercado de mudanças não tão intensas - se comparado, por exemplo, a mercados mais ultra dinâmicos, ao mercado de tecnologia.
Mas será que existe algum mercado onde há mudanças que não sejam tão intensas?
Mercados sujeitos à forte regulação governamental tem essa característica. É o caso, por exemplo, de segmentos relacionados a Transportes, Energia, Óleo & Gás, entre outros.
Outro exemplo são segmentos onde a barreira de entrada é muito grande e poucas empresas dominam o mercado (alta concentração). O resultado é que nesses segmentos há baixa variação de Market Share. Além disso, a rentabilidade dessas empresas permanecem razoavelmente estáveis ao longo dos anos...
Não quer dizer que não existam mudanças, mas não são mudanças tão intensas quanto a que vemos em mercados como o de tecnologia, por exemplo.
Sabe aquelas marcas tradicionais que estão por aí há décadas e que permanecem sólidas até hoje? É sobre essas empresas que estamos falando.
O que irá diferenciar essas empresas do que ocorreu com a Nokia e a Kodak é o fato delas estudarem muito sobre o futuro de seus mercados.
Assim, elas serão capazes de criar novas capabilities, novos produtos e serviços que permitam que mantenham-se competitivas em caso de mudança em seus mercados.
Por outro lado, o maior risco para essas empresas é a velocidade de transformação da estratégia de seus negócios e da sua cultura. São empresas que não estão tão habituadas a cenários de mudanças super intensas e a ambientes de negócios ultra competitivos.
QUADRANTE 4: ALTA AGILIDADE ESTRATÉGICA
A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo. Essa talvez seja a frase que melhor resume o cenário das empresas que convivem nesse quadrante.
Aqui o cenário é de um mercado de mudanças em altíssima intensidade e onde os líderes e equipes dessas empresas precisam estar constantemente criando o futuro para manter sua competitividade.
Veja, por exemplo, a revolução que está acontecendo hoje nas redes sociais - sobretudo com o crescimento exponencial do TikTok nos últimos anos.
A competição pela atenção dos usuários acontece dia a dia.
Isso demanda dessas empresas uma agilidade altíssima em suas estratégias e ações para competir pela atenção das pessoas.
Veja esses dados entre o comportamento dos usuários do Instagram e Tiktok. Enquanto os usuários do TikTok gastam 197,8 milhões de horas assistindo a vídeos na plataforma todos os dias, os usuários do Instagram gastam 17,6 milhões de horas por dia assistindo Reels – menos de 10% do tempo gasto no TikTok.
Imagine o nível de transformação nos negócios e da necessidade de criação de novas estratégias em um cenário de disrupção nesse mercado.
Uma ameaça até para o Google
Os TikTokers estão cada vez mais usando o aplicativo como uma ferramenta de busca visual; 40% dos entrevistados da Geração Z em uma pesquisa do Google este ano disseram que abriram o TikTok ou o Instagram, não o Google, ao procurar por locais para almoço nas proximidades.
Uma ameaça para as empresas de Streaming e os Canais de TVs tradicionais
Com as pessoas dedicando cada vez mais tempo nas redes sociais sobra menos tempo para o consumo de conteúdo de streaming e canais tradicionais de TV. E o problema é ainda maior se observarmos o custo necessário para produzir conteúdo.
E a sua empresa?
Em qual quadrante está a sua empresa?
Em qual quadrante a sua empresa está?
1) PERIGO À VISTA!
2) GRANDE PROBLEMA
3) VISÃO DE FUTURO EM AMBIENTE DE POUCAS MUDANÇAS
4) ALTA AGILIDADE ESTRATÉGICA
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