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Foto do escritorAndré Souza

Porque ir além das melhores práticas pode se tornar uma ótima estratégia



Dick Fosbury se tornou uma lenda do atletismo pois contrariou a forma com que as pessoas praticavam o salto em altura.


Por muitos anos, a técnica utilizada por todos os atletas no salto em altura era o chamado "salto tesoura" ou "método da sela" (por ser parecido com a forma com que os cavalos pulam obstáculos).


Na época, as pessoas achavam que a técnica não podia ser aprimorada.



Porém, o tal método nunca funcionou bem para o atleta amador Dick Fosbury. Ainda adolescente, ele praticava o salto em altura nos campeonatos da escola, mas seus resultados eram medíocres.


Ele resolveu, então, que faria algo diferente para melhorar seus resultados.

Ele resolveu fazer o OPOSTO do que era praticado por todos os atletas até então.


Em vez de pular com o rosto voltado para a barra, ele decidiu experimentar saltar de costas para a barra.


Quando ele começou a praticar esse novo jeito, as pessoas riam e os jornais locais ridicularizavam sua nova forma de saltar.


Ele persistiu e aprimorou a técnica ao longo dos anos. Tornou-se um atleta profissional.

Até que ele produziu uma verdadeira revolução no esporte quando o mundo inteiro viu ele ganhar a Medalha de Ouro nas Olímpiadas de 1968 no México utilizando a sua técnica.



Quatro anos depois, nas Olimpíadas de Munique em 1972, 28 dos 40 competidores utilizaram-se da técnica de Fosbury. Nas Olimpíadas de 1980, 13 dos 16 finalistas olímpicos utilizaram esta técnica.


Hoje a técnica "Fosbury" é a técnica mais utilizada entre os praticantes de salto em altura.


E o que isso tem ver com inovação e negócios? Tudo!


Quando criou o iPhone, a Apple fez o oposto do que a Nokia, Motorola e Blackberry faziam na época. Eliminou as teclas físicas e introduziu o 'touch screen'.



Jeff Bezos transformou a forma de vender livros. Na verdade, ele dizia que a Amazon não era uma livraria online. Era o oposto disso: era uma empresa centrada no cliente. Uma empresa tão centrada no cliente que qualquer pessoa poderia ver as opiniões de outros clientes sobre um produto - mesmo as opiniões negativas.


A SpaceX fez o oposto do que a NASA fazia. Ao invés de perder bilhões com os foguetes que eram lançados ao espaço, a SpaceX resolveu criar uma tecnologia que permitia que os foguetes voltassem à base.


Por conta de um jeito de pensar oposto ao modelo estabelecido, os lançamentos de foguetes da SpaceX custam hoje aproximadamente US$ 68 milhões.


Só para ter uma ideia, o lançamento dos ônibus espaciais da NASA, que se aposentaram em 2011, custavam US$ 1,6 bilhão (Sim, mais de 1 bilhão de dólares!).



Eu acabei aplicando esse jeito de pensar na minha carreira.


Com 42 anos, eu tomei a decisão de deixar uma bela carreira como Executivo de RH em uma das maiores empresas do mundo para fundar a FUTURO S/A. Talvez essa decisão seja a oposta a que a grande maioria das pessoas tomariam.


Me orgulho demais da minha jornada como Executivo. Mas, com a FUTURO S/A, eu tive a oportunidade de ajudar empresas dos mais variados tamanhos e segmentos em suas jornadas de transformação organizacional.


Tenho muito orgulho de dizer que, mesmo nesse pouco tempo, já temos gerado alto impacto e resultados em transformações de diversas organizações brasileiras e globais.



Mas como desenvolver essa forma de pensar e atuar com a sua equipe, na sua empresa ou até mesmo para a sua carreira?


Quando pensamos em uma inovação, o pensamento mais imediato de qualquer pessoa é buscar as melhores práticas do mercado. Você pode fazer isso. Afinal, é interessante buscar referências do que o mercado está fazendo.


Mas não foque apenas nas respostas. Foque nas perguntas!

Por isso, passando essa etapa, busque se questionar.


Pergunte-se:


"Será que o que é praticado no mercado é o que meus clientes precisam?"


"E se eu fizesse o oposto do que o mercado está praticando?"


"Quais soluções eu posso criar que são contra intuitivas e que podem funcionar melhor do que o que é praticado no mercado?"


Mesmo que você não chegue a uma resposta precisa, o exercício em si irá lhe ajudar a desenvolver duas habilidades super escassas nos dias de hoje: o pensamento crítico e o pensamento estratégico.


Questione. Faça perguntas. Desafie o status quo. Crie o seu caminho.


Serão as perguntas que vão nos ajudar a criar novos caminhos e abrir novas portas nesta nova era. Afinal, como dizia um famoso (e antigo) comercial do Canal Futura:


Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas!

Um abraço e até a próxima! :-)

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Sobre o autor


André Souza é fundador da FUTURO S/A, empresa que ajuda organizações a realizarem transformações em suas estratégias e ações de RH.


Nos últimos 20 anos, André atuou como Executivo de RH liderando equipes e projetos na América Latina, EUA e Europa em grandes organizações como Bayer, Monsanto, Coca-Cola Company, Newell Brands & Nokia.


André é formado em Administração pela UERJ e Mestre Acadêmico em Administração de Empresas pela PUC-Rio. Além disso, possui Certificação Internacional em “Futures Thinking & Foresight” pelo Institute for the Future em Palo Alto, na Califórnia (EUA).


André Souza é autor de 3 livros.

Clique aqui ou na imagem abaixo para saber mais sobre cada um deles:


 

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