Esse texto faz parte do relatório recente da FUTURO S/A - "Megatendências 2025".
Para baixar o relatório completo, é só clicar aqui.
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A IA já se mostra como uma das principais forças de transformação do futuro do recrutamento e do RH.
O LinkedIn, por exemplo, lançou recentemente seu Assistente de Recrutamento de Inteligência Artificial que já poderá assumir várias tarefas do recrutamento: desde transformar notas e ideias em descrições de vagas mais completas até buscar candidatos e interagir com eles.
A IA já vem sendo aplicada por outras empresas com agendamento de entrevistas e assessments, mas a entrada do LinkedIn tende a turbinar ainda mais esse mercado.
Afinal, o LinkedIn pertence à Microsoft, que tem uma parceria com a OpenAI, criadora do ChatGPT. Além disso, o LinkedIn dispõe de uma quantidade absurda de dados das empresas e dos candidatos.
Em um futuro próximo, ainda mais empresas vão competir e desenvolver soluções para esse mercado e oferecer outros serviços que poderão automatizar a maior parte do trabalho operacional do RH antes da oferta a um candidato.
Na prática, a IA tende a liberar os recrutadores do trabalho mais operacional para que possam utilizar seu tempo para gerar mais valor e impacto no negócio.
Integrar as ações do recrutamento à estratégia da empresa, estabelecer mais conexão com Executivos, Líderes e os próprios candidatos, além de criar estratégias para maximizar a produtividade e a eficiência de suas ações são apenas alguns exemplos do que o RH poderá passar a fazer ainda mais daqui pra frente.
São habilidades que precisam ser desenvolvidas para que um novo modelo de atuação para o RH que chamamos aqui na FUTURO S/A de RH de Alta Performance.
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Porém, apesar dos avanços na tecnologia, há outros aspectos que as ferramentas de IA ainda precisarão evoluir, sobretudo com relação à sua precisão e aos vieses no momento de realizar a triagem de candidatos.
Ao depender apenas da IA para fazer uma triagem, as empresas correm o risco de perder talentos caso a tecnologia não consiga ler as entrelinhas dos currículos ou que utilize vieses em seus critérios.
Os avanços ano a ano são nítidos, mas o processo de seleção de um candidato para uma empresa ainda continua sendo, na essência, uma tarefa humana.
Mesmo com toda a velocidade dos avanços tecnológicos, ter “Recrutadores_GPT” realizando todo o processo de ponta a ponta parece um cenário ainda bastante distante de acontecer (mas talvez não impossível de vermos no futuro).
Veja, por exemplo, essa simulação de uma IA entrevistando outra IA para uma vaga de Engenheiro de Software.
Incrível e, ao mesmo tempo, assustador! Vale o Play! :-)
"What happens when AI interviews AI for a Tech position"
E você? O que acha?
Será esse o futuro do recrutamento nas empresas?
Sobre o autor
André Souza é fundador e CEO da FUTURO S/A, consultoria que ajuda a realizar transformações na cultura, na estratégia e no RH de grandes empresas.
Ao longo de sua carreira, André atuou como Executivo de RH liderando equipes e projetos na América Latina, EUA e Europa em grandes organizações como Bayer, Monsanto, Coca-Cola Company, Newell Brands & Nokia.
André é formado em Administração pela UERJ e Mestre Acadêmico em Administração de Empresas pela PUC-Rio.
Além disso, possui certificação internacional como Master Trainer da StrategyTools na Noruega e em “Futures Thinking & Foresight” pelo Institute for the Future em Palo Alto, na Califórnia (EUA);
André é autor de 4 livros:
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