Você deve ter visto as notícias recentes sobre o Spotify ter demitido cerca de 17% dos seus mais de 9.000 funcionários.
Por trás dessa notícia, há uma lição valiosa do Spotify para quem atua em RH.
É algo que não tem a ver com podcasts, mas um insight muito interesssante para profissionais de RH que desejam gerar mais valor, impacto e resultados com o seu trabalho.
Li alguns dos insights abaixo do Spotify em um post muito bacana no Medium.
O artigo me inspirou a escrever esse conteúdo mais voltado para nós que atuamos em RH.
O Spotify tem cerca de 226 milhões de assinantes ativos. Isso quer dizer que a empresa gera valor para essas 226 milhões de pessoas - ou elas não pagariam a assinatura do Spotify.
Mas apesar do número de assinantes crescer ano após ano, o Spotify tem um grande desafio: gerar lucro.
Apesar dos bons resultados desse último trimestre, a empresa tem obtido prejuízos desde 2009. Os números abaixo estão expressos em milhões de dólares!
Ou seja: o Spotify gera valor para os clientes.
Mas tem dificuldades em gerar lucro.
Sem lucro uma empresa não terá dinheiro para contratar, pagar salários, desenvolver seus funcionários, investir em novas soluções e crescer.
Sem lucro uma empresa morre.
Gerar valor é essencial, mas não é suficiente para gerar lucro. É preciso que esse valor se transforme em aumento de receita, maior eficiência e, por consequência, gere retorno (lucro) para a empresa.
E por que isso acontece? Como uma empresa que gera valor para os clientes não gera lucro?
Qualquer cliente busca uma solução que entregue mais valor ao menor custo possível.
Ou seja, se a gente pudesse transformar essa percepção de valor de um cliente em uma formúla essa seria a equação:
Valor para o Cliente (VC) = Valor percebido (VP) - Custo percebido (CP).
Valor Percebido (VP) é o valor que o cliente percebe quando compra e usa um produto.
Custo Percebido (CP) é preço que ele paga para adquirir o seu produto. Isso vai além do custo em si. Tem a ver também com a experiência de compra e outros fatores.
Se um negócio não lucra é porque:
O seu CUSTO PERCEBIDO É MUITO ALTO, o que faz as pessoas não comprarem o produto.
Ou o seu VALOR PERCEBIDO É MUITO BAIXO, o que faz com que os clientes não paguem um preço elevado pelo produto/sevico.
A consequência desses fatores é o negócio não ter clientes suficientes para cobrir seus custos e gerar lucro...
E o que o RH pode aprender com isso?
Muitos profissionais de RH dizem que as empresas não valorizam e não reconhecem o seu trabalho.
Se isso acontece com o seu RH, preste muita atenção nessas 3 perguntas:
Você, como profissional de RH, sabe qual é a percepção de valor que a sua empresa tem sobre os produtos e serviços do RH?
Você sabe qual é a percepção de valor que as áreas têm da atuação do RH para os resultados da empresa?
Você sabe o que o RH pode fazer para transformar os seus subsistemas em instrumentos de geração de valor, impacto e resultados no negócio?
Se a empresa não reconhece o trabalho do RH, é porque a percepção de valor das outras áreas sobre o que o RH está fazendo ainda é baixa.
Uma reflexão importante para o RH
Em Setembro desse ano realizamos a 2a edição da Pesquisa Raio-X do RH.
Foram realizadas 38 perguntas para CEOs, Executivos, Líderes e Profissionais sobre a atuação e impacto da área de Recursos Humanos em diferentes áreas tais como a sua atuação estratégica, recrutamento e seleção, gestão de talentos, remuneração, entre outros.
Há um elemento na pesquisa que é extremamente interessante: os pontos cegos.
Os pontos cegos são diferenças de percepção entre a visão do RH e a visão de outras áreas sobre um tema.
Um dos pontos cegos da pesquisa desse ano foi exatamente a percepção de valor do RH para o negócio.
A pergunta que fizemos foi:
"O RH é reconhecido como uma área que gera o valor que a sua empresa precisa?"
67% dos profissionais de RH disseram que SIM.
Mas apenas 34% dos profissionais de outras áreas concordaram.
Além disso, 68% dos pesquisados acreditam que o RH dedica mais tempo resolvendo atividades operacionais e/ou organizando eventos do que ajudando as áreas a criar estratégias e ações para desenvolver a empresa.
Ou seja: o RH acaba dedicando tanto tempo para as atividades operacionais que acaba não conseguindo atuar mais estrategicamente.
Não consegue ter tempo para criar soluções que vão gerar valor para a organização.
Mas não veja isso como um problema.
Veja como uma grande oportunidade.
É uma oportunidade única de fazer uma verdadeira transformação no seu RH.
Uma oportunidade para o RH gerar muito mais valor, impacto e resultados com a sua atuação.
Um abraço!
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Sobre o autor
André Souza é fundador da FUTURO S/A, consultoria que ajuda empresas a se tornarem organização de alta performance e ótimos lugares para se trabalhar.
Nos últimos 20 anos, André atuou como Executivo de RH liderando equipes e projetos na América Latina, EUA e Europa em grandes organizações como Bayer, Monsanto, Coca-Cola Company, Newell Brands & Nokia.
André é formado em Administração pela UERJ e Mestre Acadêmico em Administração de Empresas pela PUC-Rio. Além disso, possui Certificação Internacional em “Futures Thinking & Foresight” pelo Institute for the Future em Palo Alto, na Califórnia (EUA).
André é autor de 3 livros:
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